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domingo, 21 de agosto de 2011

Acho que estou a cair



Minha alma treme...

Arde de um desejo que desconheço e queima com o seu nome...

Meus olhos cegos, minha boca muda, meus ouvidos surdos, deixam apenas meu corpo falar, ao som de um ritmo inquietante...

Danço com a brisa e com o seu toque invisível me sinto envolvida por teus braços, que me giram e giram e nunca me deixam cair...

Quando tento voltar ao começo vejo que não existe mais, a brisa se foi, deixando-me novamente


cair ao chão, novamente só...

Tento lhe procurar, mas meus olhos são cegos...

Outros ritmos dançam ao meu redor, alguns são como flores rodopiando ao vento, outras são mais brutas, mas ainda sim graciosas...


Não sei o que devo fazer, minha mente agora é confusa... O branco se apodera dela, estabelecendo apenas a loucura e levando todos os meus ritmos...

Levanto-me com dificuldade, pois agora não me sinto voando, a gravidade se interpôs em meus pés, mas mesmo assim continuo a dançar com o que ainda resta de musica na minha mente...

Agora danço pelos caminhos do meu destino, com a aura negra,que se mancha de vermelho por um sangue que começa a escorrer por meus olhos, boca e ouvidos....

Meu coração começa uma batida mais forte, enquanto minha cabeça dói...

Maldita dor que atrapalha meus pensamente, minha dança...

Algo me impedi de dançar, sim, sinto uma mão,mas não a vejo...

Lembre-se seus olhos são cegos...Oh é mesmo, às vezes me esqueço...Essa mesma mão PE comprime a algo que desconheço, apenas sei que está, pois sinto ...Sinto um toque em meus cabelos.


Um toque apaixonante e cruel....


Uma paixão que acelera meu coração, que me mostra que é ele, que me tenta, que me faz sonhar, que me devolve o que me foi levado...

Uma crueldade que me leva ao ódio de uma brisa que tirou a minha valsa perfeita, que me mostra , que me faz sentir a minha ilusão perfeita....

Deixo-me cair em meio a braços que não vejo... E é assim que continuo cindo, caindo, caindo, caindo, caindo se nada a me segurar, pois apenas tenho a companhia cruel da realidade e a paixão de uma valsa de aura negra.